quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tratamento de dengue pode ser mais eficaz se houver prevenção


O Estado está enfrentando uma epidemia de dengue, como previu o Ministério da Saúde ainda em janeiro deste ano. Os custos com uma epidemia como a do Estado poderiam ser reduzidos, caso houvesse mais investimento em prevenção, em vez de somente no enfrentamento. A 6ª semana epidemiológica da doença registrou 5.332 notificações de dengue no Estado e na semana que compreende os dias 6 e 12 de fevereiro, foram 813 notificações.

O Brasil é um dos países nas Américas que mais gasta com o tratamento da doença. O investimento somente em tratamento, deixando de lado a prevenção, configura um desperdício, já que dos US$ 2 bilhões gastos com o tratamento da doença nas Américas, 40% saem do Brasil. Os números revelam que o Brasil gasta pouco em prevenção, o que gera uma conta de US$ 800 milhões por ano, dado repetido por sete anos seguidos. O especialista em saúde Luiz Fernando Correia disse, no jornal Bom Dia Brasil dessa terça-feira (15) que, se houver investimento em prevenção, o valor desprendido no tratamento nos próximos anos tende a cair.

Do total de casos registrados no Estado neste ano, foram registradas 90 suspeitas da forma grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica), incluindo sete óbitos em investigação. Já na 5ª semana epidemiológica, o número de notificações chegou a 962 casos.

O município com maior incidência da doença no mês de fevereiro é Bom Jesus do Norte, no sul do Estado, com 696 casos de dengue; seguido de Pinheiros, no norte, com 636 casos, e Apiacá, também no sul do Estado, com 532 casos. A incidência calcula a quantidade de casos de uma doença em relação ao número de habitantes.

O secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, demonstrou preocupação com os números da dengue e o alerta de surto da doença dado pelo Ministério da Saúde. A primeira semana epidemiológica apresentou números de três a quatro vezes maiores do que os do mesmo período de 2010 e ainda oito casos de dengue grave.

Ele contou que a mobilização está sendo feita entre o Estado e os municípios, por meio de um plano de contingência que já capacitou 800 pessoas para dar assistência nos casos da doença.

No novo mapa da dengue, os estados com risco de epidemia, além do Espírito Santo, são Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Roraima, Amapá, Goiás, Minas
Gerais e Mato Grosso do Sul estão com risco alto para a dengue e também precisam reforçar as ações de prevenção e combate.


Da redação da SESAB,
Lívia Francez,  Para AACEC - Candeias

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