segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cresce o índice de infestação do mosquito da dengue em Maringá

O Levantamento de Índice Rápido do Aedes (Lira), divulgado nesta segunda-feira (26) pela Secretaria Municipal de Saúde, apontou um aumento de 0,2 ponto percentual no índice de infestação do mosquito transmissor da dengue em Maringá. O índice de 0,3% observado em abril saltou para 0,5% no levantamento realizado entre os dias 19 e 23 de setembro.
Este não é o maior número observado na cidade este ano, mas as autoridades envolvidas no combate ao Aedes aegypti prometem reforçar as ações, já que o aumento das chuvas e do calor favorece a proliferação de focos do mosquito. "O índice indica controle dos focos, mas é preciso manter o trabalho de combate aos focos porque o último levantamento, realizado em abril, apontou média de 0,3% e qualquer descuido pode alterar esses números em poucos dias", alertou o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi.
Durante a reunião do Comitê Municipal de Mobilização contra a Dengue, Nardi defendeu um trabalho integrado entre os comitês do município e do Estado, especialmente em regiões de alto índice de casos positivos de dengue. "Maringá está há cinco semanas com 165 casos confirmados, o que mostra uma situação tranquila mas é preciso ampliar a vigilância a partir de agora com a volta do calor e a possibilidade de chuvas regulares", lembrou.
Além do índice de infestação do Aedes aegypti, o Lira identificou os tipos de criadouro mais comuns e, novamente, os resíduos sólidos aparecem no topo da lista com 40% dos focos. "Quero deixar claro que não são resíduos encontrados em terrenos ou áreas abertas, mas em quintais", afirmou o secretário. Depois dos resíduos sólidos aparecem barris e tinas com 22,9%; pratos de vasos de plantas com 20%; pneus com 11,4%; depois lajes e calhas com 2,9% e depósitos naturais com 2,9%.
Mapeamento
Maringá registrou índice de 0,5%, mas em algumas regiões da cidade o índice de infestação do mosquito ficou acima do 1% preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como é o caso do Conjunto Ney Braga e bairros próximos classificada como área de médio risco com 1,8%. O bairro, lembrou o secretário, fica ao lado da região que apresentou o maior índice no levantamento anterior. "Por isso sempre batemos em cima da necessidade de um trabalho permanente durante o ano todo, como vem realizando alguns integrantes do Comitê", afirmou Nardi citando o arrastão da UEM na semana passada, as ações de algumas empresas e as escolas que tem trabalhado o combate à dengue nos bairros.
Também classificados como área de médio risco com 1.2% estão os bairros Jardim Alvorada, Alvorada I, Alvorada II, Ebenezer e Sumaré. A região do Champagnat, Paulino, Branca Vieira, Oasis, Pinheiros e Colina Verde apresentou médio risco com 1,1%. A primeira área de baixo risco, com 0,9% é a do Posto Duzentão, Pq. das Grevílias, Pq. Eldorado, Jd. Quebec, Conj. Hermans M. Barros, Pq. das Bandeiras, Jd. Diamante, Jd. Licce, Jd.Cidade Campo.
Os bairros Aeroporto, Vila Nova, Conj. Porto Seguro, Cidade Alta, Pq. Tarumã também são de baixo risco com 0,8%; seguidos do Residencial Lea Leal, Vila Morangueira, Jd. Alvorada III, com 0,4%; Cidade Nova, Cidade Jardim, Jd. Real, Mandacarú, Pq. das Laranjeiras, Jd. Monte Rei, também com 0,4%; Parque Itaipu, Borba Gato, São Clemente, Floriano, com 0,3%; Jd. América, Conj. Parigot de Souza, Res. Karina, Res. Patrícia, Conj. Requião, Jd. Paulista, com 0,2%; e o centro com 0,2%. As demais áreas, de acordo com o levantamento, não apresentaram índices de infestação.
"O índice positivo não significa que podemos cruzar os braços. Para manter essa situação de controle devemos redobrar os cuidados a partir de agora com o início da primavera e a proximidade do verão", pediu. "Nosso pessoal de campo está alerta, e queremos todo Comitê mobilizando a comunidade no combate à dengue", finalizou.

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