Médicos de 24 Estados do País suspendem amanhã por 24 horas o atendimento aos planos de saúde, em protesto contra os baixos honorários repassados pelas operadoras. A paralisação atingirá tanto o atendimento em consultórios quanto em ambulatórios e hospitais.
A estimativa é de que cerca de 25 milhões de pessoas sejam usuárias dos planos de saúde que terão o atendimento interrompido. Em 9 Estados, médicos suspenderão o atendimento a todas as operadoras de saúde. Na Bahia, a paralisação será de uma semana.
O protesto marcado para amanhã é um desdobramento da primeira paralisação da categoria, realizada em abril deste ano. "Como a maior parte das operadoras não respondeu nossas reivindicações, resolvemos fazer essa nova mobilização", disse o vice-presidente do CFM, Aluísio Tibiraçá.
O movimento pede ainda o fim da intervenção de operadoras na atuação de médicos, como cotas para pedidos de exames ou tempo máximo para internação em UTIs e a adoção de critérios e periodicidade para o reajuste.
"Os planos têm ajuste anual. Para profissionais, não há nenhuma previsão de ajuste. Não nos resta outra atitude além do conflito", disse Tibiriçá. Durante o anúncio do movimento nacional, o médico criticou a atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Ele afirma que a recente expansão de pessoas que têm planos de saúde não foi acompanhada pelo aumento da rede de assistência. "A desassistência a pacientes de planos avança a passos largos e se aproxima da registrada entre usuários do SUS", completou.
Em nota, a ANS afirmou que o operadoras devem providenciar para que consultas e exames de pacientes sejam marcados para outra data. A agência observou ainda que serviços de urgência e emergência deverão ser mantidos e que não é permitida a cobrança de valores adicionais. Para mais informações, o Disque ANS: 0800 701 9656.
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