quarta-feira, 1 de junho de 2011
''Aedes'' não deve ser extinto, dizem cientistas
Embora otimistas, os pesquisadores ligados ao projeto do mosquito transgênico para combater a dengue evitam falar na possibilidade de erradicação do Aedes aegypti. "O mosquito selvagem é muito adaptável, em alguns lugares a população é representativa", diz Danilo Carvalho, gerente do projeto. Em vez de extinção, os cientistas afirmam que o controle em alguns pontos chegará a índices tão reduzidos que a transmissão da doença pode ser próxima de zero.
A coordenadora Margareth Capurro diz que não há risco de a liberação do mosquito aumentar a dengue ou gerar um desequilíbrio ecológico. "Um pássaro que coma um mosquito transgênico não será afetado. Ali há apenas material biológico."
O fato de o mosquito transgênico ser tratado com tetraciclina, um antibiótico, também não oferece risco do desenvolvimento de espécies resistentes ao medicamento, diz Carvalho. "O uso é feito quando o mosquito está na fase do ovo. Não há interação, além disso, o produto é diluído em água." Os pesquisadores observam que a técnica poderia reduzir o uso de larvicidas. "Para o meio ambiente, isso é um alívio", diz o pesquisador da Oxitec, Andrew McKeney.
Preços e resultados. O custo da operação não está definido nem a forma de negociação, caso o produto seja considerado eficaz. A Oxitec estima que a técnica custaria menos de US$ 1 por ano e por pessoa protegida. Por enquanto, o projeto desenvolvido em Juazeiro é mantido com recursos da Moscamed. Foram apresentados projetos de financiamento ao governo da Bahia e ao Ministério da Saúde. Por enquanto, não houve resposta.
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